Em 2023, segundo dados da ENDIAMA consultado pelo Minas de Angola, a produção de diamantes rondou os 9,8 milhões de quilates, 87% dos quais provenientes dos depósitos primários e 13% nos secundários. Isso representa 79% de execução programada para 2023. A Sociedade Mineira de Catoca foi a que mais produziu, cerca de 71% da produção total. A produção semi-industria verificou uma redução significativa.

As exportações de diamantes no ano passado totalizaram cerca de 9,91 milhões de quilates, representando um acréscimo de quase 12%  em comparação a 2022.

As receitas brutas de diamantes foram de 1,5 mil milhões de USD. A empresa pública de diamantes produziu cerca de 9,8 milhões de quilates, não conseguindo alcançar as metas de produção, fixadas em 10 milhões de quilates.

Os dados referem ainda que, foram arrecadados 123 milhões de dólares em royalties e impostos. E houve um decréscimo na matéria colectável em 46%, comparativamente ao período homólogo.

Constrangimentos na produção

A produção total do ano transacto representou uma diminuição de cerca de 21% comparativamente à previsão estabelecida. Isto é justificado, segundo a ENDIAMA, por factores como:

 Atraso no arranque da central de tratamento da Sociedade mineira do Luele);

Restruturação dos projectos Calonda, Cassanguidi, Luachimo, Luminas, Lunhinga e Mucuanza;

Atraso no tratamento do minério no projecto  Chissema, com estoque significativo de minério;

Fraca oferta de meios e serviços especializados localmente para apoio às actividades mineiras, condicionou a disponibilidade mecânica e eficiência dos equipamentos de produção.

Limitações na aquisição de cambiais para importação de equipamentos, incluindo peças e sobressalentes.

Este ano, no entanto, a empresa estatal projecta produzir 14, 5 milhões de quilates  e arrecadar 2,5 mil milhões de USD em receitas. Além disso, pretende actualizar as reservas dos projectos mineiros, dinamizar os trabalhos de prospecção para o aumento de reservas e conclução do processo de agrupamento das cooperativas.