A garantia foi dada esta segunda-feira (16) pelo Presidente da República, durante o discurso sobre o Estado da Nação, na abertura do segundo ano legislativo da quinta Legislatura da Assembleia Nacional.

“Em Abril deste ano foi concluído o projecto diamantífero Yetwene e ainda este ano será inaugurado o projecto Luaxe, na província da Lunda Sul, que passará a ser o maior projecto diamantífero do país até à data”, garantiu o governante.

A corrida para a instalação das centrais de tratamento e outras estruturas desse depósito primário foi anunciada em Janeiro de 2017, através da assinatura pública da Constituição da Sociedade Mineira de Luaxe e do “Memorando de Entendimento entre a Endiama e a Alrosa”, com um investimento estimado em 350 milhões de dólares norte-americanos.

Nessa altura, previa-se que Luaxe entrasse em pleno funcionamento em finais de 2021 ou princípio de 2022, tão logo as instalações estivessem concluídas. Desde Janeiro deste ano, o governo tem reiterado o anúncio sobre o funcionamento do projecto, com a intensificação de trabalhos para o efeito.

No mês passado, o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás visitou a mina e, após avaliar a zona de exploração e a central de tratamento de minério e outras componentes da conhecida “time one”, considerou a “avaliação positiva” para as condições do seu arranque efectivo.

Agora, o Presidente da República veio confirmar que, este ano o projecto será inaugurado. Tal como aconteceu em Abril com a Yetwene, João Lourenço assegurou que “ainda este ano será inaugurado o Projecto Luaxe”, que passará a ser o maior projecto diamantífero do país. Além disso, JL informou que estão em curso outros projectos diamantíferos, com realce para o da Lulo, na Lunda Norte.

Localizada na província da Lunda Sul, Luaxe é uma mina de deposito kimberlítico. Tem capacidade para 1.500 trabalhadores e numa primeira fase, a expectativa é que atinja pouco mais de 1 milhão de quilates por ano e uma receita bruta de 60 milhões USD ano.

Implantada numa área de 104 hectares, dados preliminares apontam para a ocorrência na mina de uma reserva de 350 milhões de quilates e uma vida útil de 30 anos. Um balanço apresentado pela ENDIAMA, em 2021, sobre as realizações da empresa, naquele ano, a mina produziu cerca de 1,7 milhões de quilates de diamantes, numa produção media mensal de diamantes de 143,7 mil quilates.