A mudança surge numa altura em que a exploração mineira na África do Sul se torna cada vez mais difícil e dispendiosa devido aos constrangimentos geológicos decorrentes da extracção de algumas das reservas de ouro mais profundas do mundo.

O presidente executivo da empresa disse à Reuters, que há razões estratégicas que os levam a fazer isto. Alberto Calderon referiu que, de longe, “a maior reserva de capital para o ouro está nos EUA e era claro que uma cotação secundária incorporando a África do Sul estava a restringir o acesso a essa reserva de capital".

O responsável asseurou que dois terços do volume de acções da mineradora já são transaccionados em Nova Iorque, onde a empresa tem certificados de depósito de acções registados. 

A AngloGold Ashanti está a mudar a sua base corporativa para o Reino Unido, mas manterá o escritório sul-africano. Além disso, também deverá sair da Bolsa de Valores da Austrália em 27 de Junho de 2023, devido à baixa frequência de negociação e aos baixos volumes dos seus títulos negociados na bolsa.

A Fundada em 2004, a mineradora possui representações em 11 países entre 4 continentes: América, África e Oceania. Nos últimos tempos, concentra suas actividades nas suas minas mais lucrativas no Gana, na Tanzânia, na República Democrática do Congo, na Austrália e nas Américas. Em 2020, finalizou a venda das suas minas sul-africanas.