“Acredito que uma mina no sul de Burkina Faso foi alocada a eles como forma de pagamento pelos serviços", acusou Akufo-Addo, falando a repórteres ao lado do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.

 O governo de Burkina Faso não confirmou ou negou formalmente a alegação de que fez um acordo com Wagner, mas convocou o embaixador ganês para uma reunião na última sexta-feira para explicar as observações do presidente.

Ao falar para os jornalistas o ministro das Minas burquinabe, Simon Pierre Boussim, disse que o seu país não cedeu nenhuma permissão a uma empresa russa no sul de Burkina Faso, o que aconteceu é que fizeram “uma lista de todas as licenças de exploração ou pesquisa para grandes minas industriais no sul, para que elas possam ver claramente que não há nenhum local oculto".

O governante esclareceu, por outro lado, que o Burkina Faso cedeu, recentemente, uma nova licença de exploração à empresa russa Nordgold para uma mina de ouro em Yimiougou, na região centro-norte, uma empresa que está activa no seu país há mais de uma década.

 No ano passado o Mali,  o vizinho de Burkina Faso, contratou Wagner para ajudá-lo a combater os insurgentes. A perspectiva de o grupo expandir sua presença na África tem incomodado potências ocidentais como a França e os Estados Unidos, que dizem que a mesma explora recursos minerais e comete abusos de direitos humanos nos países onde opera.