A gigante australiana BHP Billiton, actualmente maior mineradora do mundo, está em contacto com o Governo, para a possibilidade de entrar no mercado angolano, para a exploração de metais básicos. Sediada em Melbourne, na Austrália, e fundada em 1885, o grupo BHP Billiton ocupa a posição número um na exploração de minérios como carvão, cobre, gás natural, níquel e urânio. Detém uma participação de 85% no grupo De Beers, líder mundial no sector dos diamantes, e recentemente fez uma oferta de 39 biliões de USD para a compra da sua concorrente Anglo American. Os contactos entre a mineradora e o Governo angolano começaram no ano passado, através de uma responsável pelas políticas de prospecção, que mais tarde evoluíu para um encontro entre uma das vice-presidentes da BHP com o ministro Diamantino Azevedo. A reunião revelou-se frutífera. Depois veio a intensificar-se com a participação de Angola, em Fevereiro, no Mining Indaba 2024. O Minas de Angola sabe que, neste momento, o tema está sobre a mesa da direcção técnica da BHP Billiton e do MIREMPET, que partilham informações sobre pacote de dados, revelou uma fonte do ministério ligada ao processo, adiantando, por outro lado, que o MIREMPET continua a trabalhar para a atracção das maiores mineradoras do mundo para Angola. “Uma das grandes empresas que estamos a negociar para vir em Angola é a australiana BHP Billiton. Estamos em contacto, a tentar a atraí-los para o país. Passamos alguns dados, alguns pacotes promocionais que estamos a implementar à moda do sector petrolífero, que é, praticamente, ter as áreas para investir perfiladas numa prateleira e quem quiser é só vir, tirar e levar. “Ao invés de o investidor vir para Angola nas escuras, nós já temos uma proposta para ele. E se ele quiser redimensionar a área para que seja maior, assim o fazemos”, acrescentou. Cinco a dez pedidos de concessão de títulos são recebidos diariamente O MIREMPET está focado, neste momento, na atracção das grandes mineradoras, o que não significa que descura as médias e pequenas empresas. Diariamente, são recebidas naquela instituição entre cinco a dez solicitações de títulos de direito mineiro. “Estamos a evoluir e eles estão constantemente a bater a porta, com maior realce os americanos. Na verdade, o interesse dos americanos é uma componente geopolítica, pela aquisição de matéria-prima”, concluiu.
A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.
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