A existência de um gratino com pequena cor verde militar está a gerar uma serie de questionamentos sobre a competência dos geólogos angolanos. As discussões foram levantadas esta tarde num fórum do WhatsApp, dedicado ao sector mineiro angolano, e depois retomadas em outros espaços. O empresário angolano Félix Neto lamentou o facto de ter que consultar um especialista estrangeiro para lhe explicar sobre a evidência do processo de diferenciação magmática do granito. “Lamentavelmente, Angola não há geólogos de rochas ornamentais! Só há geólogos generalistas”, afirmou, categórico. A presença da cor verde militar no referido granito, daria um bom trabalho de investigação sobre o processo de granitização, identificando os diferentes tipos de granitos/granitóides formados, a partir destes eventos e realizar uma análise comparativa das suas qualidades petrofísicas face ao mercado das rochas ornamentais, conjecturou o especialista consultado pelo empresário. “Pena é que tive de ir buscar opinião de um geólogo estrangeiro! Cadê os nossos angolanos Drs., mestres e Phds?”, questionou o investidor, que diz que está desde 2005 no sector, acrecentando que sua empresa teve 3 ou 4 geólogos angolanos de Minas, que inicialmente eram orientados por um sénior estrangeiro e, no fim de seis meses, o Relatório de Fim de Missão revelou que o nível de formação dos técnicos angolanos era muito baixo. “Não sei se é industrial mineiro, académico, político, investidor ou promotor de eventos, seminários, etc. Reafirmo, não há em Angola geólogos de ROs. Aprendi que os angolanos devem ir para além dos Diplomas e trabalhar, criar, inovar” “Foi bater à porta da Associação dos Geólogos de Angola ou à Ordem dos Engenheiros de Angola (Colégio de Minas e Petróleos) e não teve a resposta?”, questionou eng.º José Sumbula, da Ordem dos Engenheiros de Angola. “Não sei se há geólogos angolanos disponíveis para fazer a avaliação de campo e produzir uma Nota Técnica sobre o movimento da formação granítica, para o Encarregado da Pedreira estabelecer a linha de extracção”, indagou Félix Neto “O país tem quadros suficientes e com capacidade. Devemos retirar o nosso complexo e a apetência de ir procurar ao exterior, sem previamente exaurir as soluções internas”, rispostou José Sumbula.
A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.
Minas de Angola © 2023 Todos os Direitos Reservados | Developer Muds