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PELA PRIMEIRA VEZ ANGOLA PODERÁ ULTRAPASSAR PRODUÇÃO DE 10 MILHÕES DE QUILATES, GARANTE SECRETÁRIO DE ESTADO

Apesar da situação do mercado, que vai impactando directamente as metas de produção da maioria das empresas do sector a nível global, Angola poderá ultrapassar os 10 milhões de quilates.

A garantia é do secretário de Estado para os Recursos Minerais, Jânio Correia Victor, que falava recentemente à imprensa, em Luanda, na sequência do Outlook sobre a produção e comercialização de diamantes no primeiro semestre de 2024.

De acordo com o dirigente, pela primeira vez, o país poderá passar a cifra dos 10 milhões de quilates ou estar um bocadinho mais acima, tendo suportado seus argumentos nos dados da produção semestral de 5,6 milhões de quilates, que representa um aumento de 36 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, quando o país atingiu os 4,1 milhões de quilates.

“Eu disse há dias que nós iríamos, pela primeira vez, atravessar esse ponto dos 10 milhões de quilates, e vamos estar um bocadinho mais acima”, garantiu.

Se formos a ver, o preço actual dos diamantes também não propicia uma produção para aí além, mas há possibilidade para aumentar.

Em 2023, o país produziu 9,8 milhões de quilates. A actual a situação do mercado global dos diamantes está cada vez mais comprometedora, levando a que muitas empresas sejam obrigadas a reduzir suas produções e outras, para fazer face à tesouraria, optam por um aumento. O desafio agora é alcançar a meta de produção, inicialmente fixada nos 14,6 milhões de quilates.

Internamente, defende Jânio Correia, as mineradoras podem, tecnicamente, optar pela optimização e o melhor planeamento das suas activiades. O dirigente reconhece, por outro lado, que o facto de a maioria dos projectos ainda funcionarem a combustíveis, não ajuda muito, e garante que esta situação já está a ser solucionada.

“ Nós temos factores que não dependem muito do sector, temos a questão da energia. Os nossos projectos ainda trabalham à base de combustíveis fósseis, isso tem que ser solucionado, e está a ser solucionado em parte. Estamos a trabalhar com o MINEA (Ministério da Energia e Águas). Estamos a ver soluções (…) Eu penso que estamos num bom caminho com relação a isso”, confortou-se.

O tema sobre a prdução na minas, por outro lado, tem muito  a ver, também, com os preços das pedras. Recorde-se que, no primeiro semestre, o quilate de diamante angolano foi comercializado ao preço médio de US$ 191, sem falar das carências técnicas dos próprios projectos mineiros.

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A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.

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