A decoberta, a 19 deste mês, de um diamante excepcional de 2.492 quilates na mina de Karowe, Botswana, foi manchete nas principais revistas e sites especializados, incluindo aqui no Minas de Angola. O que poucos, provavelmente, dominam é o destino a ser dado à inédita pedra, dada a sua importância para o país e para a história da indústria, lembrando que este é o segundo maior diamante do mundo, depois do Cullinan, que ostenta 3.106 quilates, desenterrado, em 1905, na África do Sul, ainda sob domínio britânico. A pedra, ainda sem nome e com qualidade e valor por definir, pode, na opinião do CEO da Lucara Diamond Corp, a empresa que a descobriu, reter mais valor se deixada em sua forma bruta. Ou seja, William Lamb defende que o diamante de 2.492 quilates fica melhor sem cortes, porque de forma não polida, ele tem um potencial incalculável, o que não implica, necessariamente, que tal não deva acontecer. De acordo com as explicações de Lamb, numa conversa publicada por Josué Freedman, a ser divulgada próxima semana pela Rapaport, este diamante figura-se na categoria "pedras legadas", que e não estão sujeitas ao acordo de fornecimento de 10 anos firmado no ano passado entre Lucara e a HB Antwerp. Com estes detalhes, significa que, a empresa pode explorar outras opções de venda e entregá-la a quem pagar mais. Outra opção seria colocá-la num museu – esta, na verdade, também foi o destino inicial de Lesedi La Rona. A pedra 1.109 quilates, recuperada pela Lucara em 2016, cabou por ser vendida por US $ 53 milhões. No entanto, nada ainda está definido. "Há um longo caminho a percorrer para entender qual será a solução definitiva para a pedra. Vamos envolver o governo, vamos envolver o HB. Muitas pessoas pensam que, por termos um acordo com a HB, eles são as únicas pessoas com quem falamos. Isso não é verdade”, esclarece Lamb na conversa.
A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.
Minas de Angola © 2023 Todos os Direitos Reservados | Developer Muds