Diferente das Conferências Economia 100 Makas, as Conversas Economia 100 Makas destina-se a um público específico, ligado ao sector dos recursos minerais. O evento está agendado para segunda-feira, 5 de Agosto, numa das unidades hoteleiras de Luanda, e conta também com a parceria mediática do Minas de Angola. Estão já confirmadas, além da elite económica do país, as presenças de diplomatas, presidentes dos princiapais bancos e seguradoras que actuam no país. A escassos dias para o evento, Carlos Rosado de Carvalho conversou com o Minas de Angola sobre os detalhes do encontro, explicou de A a Z o conceito e apresentou as principais razões que o levaram a trazer o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás para a edição inaugural. A ideia que se tem sobre Economia 100 Makas é de serem discussões pontuais sobre os mais variados problemas económicos e sociais. Que outras impressões gostaria de transmitir ao criar o conceito? O conceito nasceu, estava eu ainda no Expansão e foi me pedido que fizesse uma coluna de opinião sobre economia, e eu acabei por escolher o nome Economia 100 Makas. A razão da criação do Economia 100 Makas é uma economia para todos. Uma economia que seja entendível por todas as pessoas, os mais letrados e os menos letrados. É esse o verdeiro significado do Economia 100 Makas, economia sem problema. Porque para mim, economia só faz sentido se for para as pessoas. Depois, eu suspendi a coluna, em rigor, e passei a escrever o editorial no Expansão, porque como director não fazia sentido eu ter duas opiniões na mesma publicação. Mais tarde, recomecei o Economia 100 Makas quando sai do Expansão e vim trabalhar para a MFM, com um programa diário de comentário económico, e também na mesma senda de que economia deve ser compreensível para todos, mantive o nome Economia 100 Makas. Quando é que sentiu a necessidade de evoluir para as conferências? Depois da MFM, criei o conceito de conferências e, portanto, fiz uma primeira conferência sobre competitividade. A ideia das conferências é discutir assuntos estruturantes da economia angolana, com vários interlocutores, várias intervenções e vários speakers, que agora evoluiu para as conversas. Houve em Abril deste ano a 1.ª Conferência Economia 100 Makas. estamos perante uma reformulação do conceito? As conversas são conceitos diferentes. Não são substitutos das conferências, portanto as conferências vão continuar. São um novo produto que, ao contrário das converências que tem muita gente a falar, as conversas são uma espécie de one man show. Há um decisor, um especialista de determinada área, que faz uma intervenção de fundo sobre essa área, depois há outro especialista que comenta esta intervenção. E, finalmente, há um debate com a plateia. É isso o que vai acontecer na primeira edição do conversas 100 makas, sendo que o primeiro convidado é o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás. Portanto, o ministro Diamantino Azevedo é a estrela dessa conversa, que vai marcar o início das Conversas Economia 100 Makas. O que é que o Sr. pretende ao chamar o ministro para abordar sobre o tema o que o “petróleo e o gás (ainda) têm a dar para Angola” ? A escolha do ministro é muito simples: nós vivemos actuamente num período da chamada transição energética. Isto quer dizer evoluir para uma economia mais limpa, uma economia sem carbono. Esta transição energética colocou dois aspectos, no meu ponto de vista. Por um lado, fez ressuscitar algumas teorias sobre o pico do petróleo, ou mesmo o fim do petróleo, e, por outro, fez também emergir os minerais críticos, como solução para uma economia mais limpa, sem carbono. O que é que se pretende? Nós pretendemos dar resposta, sobretudo a duas questões. O que é que o petróleo ainda tem para dar a Angola? Como sabemos, nós produzimo-lo bastante, produzíamos 1 milhão e 800 mil barris por dia e estamos agora a produzir 1 milhão e 100 mil barris. Portanto, o que nós queremos é saber o que o petróleo ainda tem a dar para a economia angolana. Por outro lado, o petróleo representa 95% das exportações e 60% das receitas públicas e mais de 30% do PIB. Apesar de , provavelmente, já tenhamos atingido o seu pico em Angola, o petróleo ainda continua a ser muito importante. Por outro lado, existe um enorme potencial, aparentemente, em termos dos recursos minerais em Angola. Vamos perguntar ao ministro o que se pode esperar dos minerais críticos? As receitas petrolíferas do ano passado caíram 21,3% a produção fixou-se nos 400,72 milhões de barris, com uma média diária de cerca de 1,098 milhão de barris. O que espera que o ministro diga aos presentes? Eu acredito que o petróleo ainda tem muito para dar à economia angolana. De resto, a transição energética sofreu um certo revés, de alguma maneira, com a guerra na Ucrânia, com as restrições do gás. Os minerais críticos representam pouco mais de 4% das exportações; 0,5 das receitas do Estado e representam a volta de 1% do BIP, portanto, há aqui um potencial muito grande que não está a ser explorado. Todos esses números dos recursos minerais são basicamente dos diamantes. Há um caminho muito grande a percorrer. O Governo também anunciou que atraiu algumas das multinacionais para Angola. Vamos ver o que nós podemos fazer, porque é muito importante que nós passemos do potencial à realidade. E se nós fizermos um percurso tal como fazemos com o petróleo, será muito bom para o país. Serão pouco mais de duas horas de conversas. Qual será o formato do evento? Vamos usar a mesma sala das conferências, mas num formato diferente. Haverá mesas individuais com cadeiras. Recebemos cerca de 600 pessoas na primeira Conferência Economia 100 Makas, e estamos à espera de cerca de 300 pesssoas para essas primeiras conversas Economia 100 Makas. Como estão a correr os preparativos e o que os participantes podem esperar? Os preparativos estão a correr bem. O que podemos garantir aos participantes é que teremos umas conversas ao nível do que foi programado. Mas, é um grupo mais selectivo. Estamos a falar de um sector específico. Mas não pretendemos só pessoas ligadas ao sector dos recursos minerais. Queremos algo mais abrangente, por isso, teremos também diplomatas. Vários embaixadores já confirmaram presenças. Teremos presidentes dos princiapis bancos, das seguradoras. Apesar de ser mais selectivo, mais dirigido, isso não quer dizer que é exclusivamente para os recursos minerais petróleo e gás. Teremos uma audiência de topo, portanto, esperamos a elite economia na conferência.
A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.
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