O Director Nacional dos Recursos Minerais defende que, tendo em conta os desafios geopolíticos observados nos últimos tempos, Angola deve desenvolver a sua própria tecnologia para rastrear seus próprios diamantes. Paulo Tanganha fez estas considerações quando procedia à abertura da primeira conferência nacional sobre diamantes, que aconteceu recentemente, em Luanda. O dirigente passou em revista a visão do Executivo em continuar a fortalecer, de forma sustentável, toda a cadeia do subsector, conforme estabelecido PDN 2023-27. Para o engenheiro, a indústria global dos diamantes está em transformação, basta olhar para a constante presença dos sintéticos. A indústria diamantifera em Angola enfrenta um grande desafio mas, realça, ainda oferece diversas oportunidades de crescimento e desenvolvimento sustentáveis. Na visão do técnico angolano, a demanda por diamantes naturais vai continuar, especialmente em mercados como China e India, impulsionada pelo crescimento económico e aumento da classe média. Isto aumenta a responsabilidade da indústria sobre as questões de sustentabilidade e responsabilidade social. Em termos de potencial geologico-mineiro, Angola é, segundo o Director Nacional dos Recursos Minerais, considerada um dos únicos países no mundo onde ainda são registadas descobertas de grandes chaminés de diamantes, o vulgo kimberlito, citando como exemplo o kimberlito do Luaxe, com dimensão superficial superior ao de Catoca, responsável por mais de 75% da produção de diamantes do país. Paulo Tanganha entende que, com os desafios geopolíticos que temos observado nos últimos tempos, “Angola é desafiada a desenvolver a sua própria tecnologia para rastrear os seus diamantes”, adoptando tecnologias avançadas, como a do Blockchain e automação nas operações mineiras, com objectivo de aumentar a transparência e a eficiência nas transacções comerciais dos seus diamantes. Por razões históricas, sustenta, o subsector dos diamantes é uma das alavancas da economia nacional e desempenha um papel central na estrategia de desenvolvimentodo país. A optimização da sua contribuição em quantidade e valor para a economia representa um desafio para todos os integrantes da sua cadeia produtiva. Por isso, é necessário investir nessas tecnologias, uma vez que para se reconhecer a diferença entre diamanes naturais e sintéticos requer conhecimento especializado e uso de equipamentos avançados. Paulo Taganha elogiou o trabalho da comissão do PK, no sentido de manter a credibilidade dos diamantes angolanos no mercado internacional, papel importante tendo em conta a actual geopolítica global. A aprovação da política de comercialização de diamantes e respectivo regulamento técnico, bem como o regulamento para a exploração sem-industrial, perimitiram maior competividade, resultando numa maior arrecadação de receitas das empresas, como também para o país. A reestruturação da exploração semi-industriais de diamantes, conclui, oferece oportunidades para pequenos, médios investidores mineiros locais e estrangeiros.
A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.
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