Minas de Angola
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“TODOS OS MINERAIS DO RWANDA DEVEM SER CONSIDERADOS MINERAIS DE SANGUE”: ANTOINETTE KALAMBAYI

A República Democrática do Congo (RDC) exige um embargo internacional às exportações de minerais do Ruanda, acusando o país vizinho  de usar grupos rebeldes armados para saquear seus recursos naturais.

A ministra de Minas congolesa, Antoinette N'Samba Kalambayi, disse, através de um comunicado, que “todos os produtos de mineração do Rwanda devem ser considerados 'minerais de conflito' porque a sua venda alimenta o conflito no leste da RDC".

Segundo a governante, citada pela media local, todos os actores, incluindo os consumidores finais de produtos de mineração, devem comprometer-se com uma cadeia de suprimentos responsável, por isso, entende ser necessário impor um embargo internacional ao Ruanda.

Essa opção, fundamenta a ministra, poderá conter o financiamento de conflitos por minérios; restaurar a confiança das partes interessadas; proteger os legítimos interesses econômicos do Estado e mitigar as violações de direitos humanos por grupos armados e exércitos estrangeiros.

O apelo da ministra congolesa segue-se à tomada das maiores minas de tântalo no leste da RDC, no início de Maio, pelo grupo rebelde Movimento 23 de Março (M23). Kinshasa e as Nações Unidas afirmam que este grupo rebelde formado por tutsis da RDC é apoiado por Rwanda, que recebe minerais contrabandeados em troca.

O drama das acusações

Um investigação publicada em Julho de 2022, a ONG Global Witness também revelou que 90% das quantidades de coltan (a principal fonte de tântalo), estanho e tungstênio, três minerais mais conhecidos como "minérios 3T", exportados por Rwanda são ilegalmente introduzidas do vizinho Congo.

Kigali negou repetidamente qualquer apoio ao M23. Em Abril passado, a porta-voz do governo ruandês, Yolande Makolo, havia dito que as acusações congolesas de pilhagem ruandesa de minerais fazem parte de uma "estratégia de bode expiatório" do governo congolês para "encobrir suas próprias falhas de segurança e governança".

No final de Abril, a RDC acusou o grupo Apple de usar minerais "extraídos ilegalmente" em seus produtos que supostamente vêm de "minas congolesas", nas quais "muitos direitos humanos são violados". De acordo com os advogados mandatados por Kinshasa, esses minerais seriam "transportados para fora da RDC e, em particular, para Ruanda, onde seriam lavados".

No entanto, a Apple disse que "não encontrou base razoável para concluir que qualquer uma das fundições ou refinarias da 3TG (estanho, tungstênio, tântalo, ouro) determinada como parte de [sua] cadeia de suprimentos em 31 de Dezembro de 2023 [tinha] direta ou indiretamente financiado ou beneficiado grupos armados na RDC ou em um país vizinho".

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