Lindasay Reed, CEO da Minbos Reources conversou com o Minas de Angola. Entre vários assuntos. O executivo falou sobre um ambicioso projecto de produção de amónia verde, através da Usina Hidroeléctrica de Capanda e apresentou os planos que a sua mineradora tem para Angola. A multinacional australiana entrou no mercado angolano em 2021, por meio de um contrato de investimento de 35 anos, para a produção de fosfato no depósito de Cacáta, em Cabinda, cujas reservas totais atingem 391,3 milhões de toneladas de fosforitos, com um teor médio de fósforo de 9,2%. Além do Projecto de Fosfato de Cabinda, onde investiu 40 milhões de USD, e da iniciativa de produção de amónia verde, a Minbos Resources está envolvida em outros importantes projectos do Lucunga e Pedra do Feitiço, no Zaire. Lindsay Reed apresenta aqui os aspectos que envolvem a sua empresa em Angola. Acompanhe! O que levou a Minbos a concentrar suas acções para Angola? Essa é uma pergunta muito interessante. Um pouco por acaso!. Descobrimos a Rocha Fosfática de Cabinda um pouco por acaso. Como assim? Sobrevoávamos e, de repente, fomos parar na grande rocha fosfática de Cabinda. Fruto deste acaso, a Minbos Resources desenvolve hoje importantes projectos Temos dois projectos. O primeiro está em Cabinda, que é o Cabinda Phosphate Project, com um contrato de investimento mineiro assinado em 2021, para a produção de fosfato. Este é um projecto muito importante, porque permitirá abastatecer o mercado africano e o grande mercado interncaional, através de uma cadeia de abastaecimento de fertilizantes. E, falando deste projecto, demos início a construção de uma fábrica de fertilizantes que, numa primeira fase, beneficiará os agricultores angolanos com o fornecimento de fertilizantes. O segundo é um projecto baseado em agro-electricidade através de Capanda. Disse que, numa primeira fase, o projecto fosfático de Cabinda beneficiará agricultores nacionais. Como será feito isso e qual a previsão para o início das exportações? A melhor parte do contrato que assinámos com o Governo angolano é que o produto será para o consumo local. Portanto, para o mercado angolano. Grande parte será para as pequenas e médias empresas em Angola. Trabalharemos com pequenos agricultores, forneceremos técnicas e, a longo prazo, haverá oportunidade para a exportação. Qual será a capacidade de produção do Cabinda Phosphate Project? Depende. inicialmente prevíamos 150 mil toneladas por ano. Podemos produzir um pouco menos do que isso. Mas, também podemos procurar formas de ampiliar a capacidade de produção. Como seria possível isso? Vamos produzir de acordo com as capacidades do mercado. Porque mesmo que nós produzamos 150 000 toneladas, pode ser suficiente. Portanto, é necessário que o mercado aumente a sua capacidade de absorção, para conseguiremos implentar os nossos planos. 2024 será decisivo para Minbos Resources se estabelecer no mercado angolano… Exatamente. Angola é o nosso foco agora. Fale-nos um pouco mais sobre o projecto de agro-electricidade... O Green ammonia é um projecto de amónia verde. Alguns preferem chamá-lo «mineração verde». Angola tem uma das melhores reservas de minério do mundo e está a desenvolver um grande projecto como a Biocon. O nosso projecto de amónia verde é a produção de fertilizantes a partir da electricidade mineral pelo abastecimento de barragem hidroeléctrica. É um projecto pequeno, mas com capacidade para atender a o grande mercado? O que está a acontecer em Angola é muito brilhante. É esse o nosso objectivo. Abastecer os mercados e levar a nossa tecnologia para apoiar e desenvolver as grandes explorações e a mecanização. Haverá um método mais sofisticado em Angola para o sector mineiro. Como é que olha para o ambiente de negócios em Angola? Esta pergunta pode ser dividida em duas partes: o ambiente de negócios em Angola e o desenvolvimento do ambiente de negócios em Angola. Olhando para o ambiente de negócio em Angola, sinto que o país tem atraído o interesse de muitas empresas. Agora, Angola deve adaptar-se ao desenvolvimento do ambiente de negócio à semelhança de outros países. E qual será o contributo da Minbos nesse processo? Angola está no olho das grandes empresas. A maior parte da indústria mineira está a tomar tecnologias nos processos e serviços mineiros. E nós estamos a aproveitar estas vantagens, trazendo tecnologias para o processo mineiro.
A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.
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