A informação foi avançada pelo PCA da ENDIAMA, José Ganga Júnior, durante o Fórum de Negócios Angola-China 2024, sobre “Petróleo e Gás, Recursos Minerais e Agricultura", aberto a 16 de Março até 17, em Beijing.

Promovido por Angola, o evento serviu para relançar a cooperação entre os dois países. Juntou empresários chineses e angolanos, bem como representantes governamentais dos dois Estados, e teve como ponto mais alto, a presença João Lourenço. O Presidente da Reública e o representante do Governo Chinês para os Assuntos Africanos, Liu Yuxi, proferiram os discursos principais, na cerimónia de abertura.

 Angola é o segundo maior parceiro comercial da China em África. No ano passado, o comércio total entre os dois países ultrapassou os 23 bilhões de dólares. Na agenda do Governo angolano para este fórum, os sectores mineiro e dos hidrocarbonetos estiveram em destaque. Houve, também, conversações sobre a garantia de parceiros para a Refinaria do Lobito.

"Temos de fazer muito mais trabalho, de facto. Mas, houve uma manifestação expressa, não só a nível dos investidores, como também de instituições financeiras. Acredito que com algum trabalho adicional nós estaremos em condições de ter investidores e financiamento para a nossa refinaria”, disse Sebastião Martins, PCA da Sonangol, referindo que também houve manifestação de parceria para a Refinaria do Lobito.

Na área dos diamantes, há perspectivas de parceria com empresas chinesas para se "explorar melhor e ajudar a escoar a produção de diamantes de Angola". E existe, igualmente, uma grande expectativa quanto ao ouro, disse Ganaga Júnior, considerando que a ida à Beijing teve um "resultado bastante positivo".

“Decidimos constituir uma subsidiária para lapidação e comercialização, que teria uma sucursal na região. Também já temos estado a trabalhar com a CTF em termos de compra e venda de diamantes e acabamos de assinar um contrato para o financiamento de 50 milhões de dólares, cuja aplicação no sector mineiro vai desenvolver a cadeia de valor, nomeadamente a lapidação e, mais tarde, a joalharia”, disse o PCA da Endiama à imprensa.