De acordo com o Escritório de Controle de Activos Estrangeiros (OFAC) do Departamento do Tesouro, Emmerson Mnangagwa forneceu “um escudo protector" às redes de contrabando de ouro e diamantes que operam no Zimbabwé.

O presidente do Zimbabwé é também acusado de orientar autoridades do seu país de "facilitar a venda de ouro e diamantes em mercados ilícitos" e receber "subornos em troca dos seus serviços".

"Uma pessoa estrangeira que é um funcionário actual ou antigo do governo, ou uma pessoa agindo para ou em nome de tal funcionário, que é responsável ou cúmplice de, ou se envolveu directa ou indirectamente em, corrupção, incluindo a apropriação indevida de activos estatais, a expropriação de activos privados para ganho pessoal, corrupção relacionada a contratos governamentais ou extracção de recursos naturais, ou suborno", afirma o Escritório de Controle de Activos Estrangeiros , citado pela Rapaport.

Os EUA também restringiram o presidente Mnangagwa por ser um líder ou funcionário de entidade, incluindo qualquer entidade governamental, que "se envolveu ou cujos membros se envolveram em graves abusos de direitos humanos", explica o OFAC.

O OFAC emitiu as novas sanções depois que o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma ordem executiva que encerrou a emergência nacional do Zimbabwé e revogou as sanções contra todo o país, para não atingir seus cidadãos.

"Os EUA continuam profundamente preocupados com retrocessos democráticos, abusos dos direitos humanos e corrupção do governo no Zimbabwé", disse Wally Adeyemo, vice-secretário do Tesouro. As mudanças que estamos a fazer hoje visam deixar claro o que sempre foi verdade: nossas sanções não visam atingir o povo do Zimbabwe. Hoje estamos a reorientar nossas sanções para alvos claros e específicos.", conclui.