A electrificação do país é um “osso duro de roer” para as empresas e as mineradoras não escapam disso. Apesar de ser um custo directo, parte das minas no país debate-se com o problema de electricidade. As mineradoras que operam em Angola dizem que os custos com a electicidade para a produção são muito altos. Só para se ter uma ideia, o kimberlito de Catoca, actualmente o quarto maior do mundo, chega a gastar, por ano, com a electricidade mais de 800 mil dólares norte-americanos. As insatisfações foram manifestadas durante a IIª Conferência Internacional e Exposição: “Angola International Mining Conference and Exhibition”, que decorreu de 23 a 24 de Novembro, em Luanda, debatendo a problemática dos "Recursos Minerais: Desenvolvimento, Sustentabilidade e Desafios". No painel dedicado à “parceria e investimento em infraestruturas mineiras”, dominado pelo director geral da Sonagalp, Francisco Lima Aires, PCA do Caminho de Ferro do Lobito, Francisco Franca, e por representantes dos ministérios do Urbanismo e Habitação, dos Transportes e pelo Instituto de Estrada de Angola (INEA), os analistas concordaram que os custos com a electricidade das mineradoras no país ainda são muito altos. Este factor, lamentam, afecta significativamente os rendimentos das minas no país, e apelam a intervenção do Governo. “O atraso na electrificação do país está a prejudicar as sociedades mineiras. Assim, fica muito difícil minerar. Nós gastamos muito com a electricidade. É urgente a electrificação do país”, aconselhou Marçal Vigário, director de planeamento e controle da Sociedade Mineira de Catoca. Ao Minas de Angola, o Presidente da AIA (Associação dos Industriais de Angola), José Severino, considerou que o problema poderia ser facilmente resolvido, se o Governo aproveitasse as fontes hidroeléctricas, que, em muitos casos, estão junto das minas. “Em Angola os custos com com o transposte e electricidade são muito altos e o Governo sabe disso. E também sabe como minimizá-los, mas não faz”, lamentou. Os analistas concluíram ser importante que as áreas mineiras sejam electrificadas. Anualmente, só para ter uma ideia, Catoca gasta mais de 800 mil dólares norte-americanos com a electricidade, e isso tem contribuído para a redução dos rendimentos da mineradora.
A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.
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