A partir de Maio de 2024, o país vai encerrar a exportação de lítio não refinado e exigirá que os mineiros agreguem valor às suas exportações.

De acordo com o Ministério dos Recursos Minerais daquele país, as partes interessadas no lítio devem ter fábricas para refinação na Tanzânia. O órgão do governo pretende que o valor dos minerais deve ser aumentado em pelo menos 5% para que as licenças de exportação sejam concedidas. 

A medida começa a vigorar a partir de 31 de Maio de 2024 e acontece numa altura em que alguns governos africanos tentam capitalizar a procura global de lítio para baterias de automóveis eléctricos, acrescentando mais valor a nível interno, em vez de enviar minerais brutos para uma indústria de processamento dominada pela China. O Zimbabwe , o quinto maior produtor mundial do mineral, a Namíbia e o Gana proibiram as exportações de matérias-primas..

A conversão do minério de lítio para uso em baterias de carros eléctricos ou iPhones passa por diversas etapas. Uma etapa envolve a criação de sulfato ou carbonato de lítio concentrado a partir do material extraído. Esses concentrados ainda precisam de processamento adicional antes do uso industrial. A Rystad Energy prevê que o fornecimento de lítio será cerca de 8,5% inferior à procura global total em 2025.

Os minerais não explorados da Tanzânia estão a atrair cada vez mais atenção internacional, mas nem todos estão convencidos pelas credenciais do país como jurisdição mineira.

O país aboliu em Julho de 2017 a base legislativa do anterior sistema de licenças de retenção mineira , sem introduzir um substituto. Isto afetou empresas de mineração.

Reduzir o domínio chinês no processamento de lítio será uma tarefa a longo prazo . A China tem apenas cerca de 13% do fornecimento mundial de lítio, mas o controle sobre a refinação permite-lhe controlar cerca de 80% do mercado de baterias de lítio.