Foi desta forma que o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás se dirigia ontem aos membros e representantes dos governos, durante a abertura da Reunião do Comité Ad-Hoc de Revisão e Reforma do Sistema de Certificação do Processo Kimberley , que encerrou hoje, em Luanda.

A actual conjuntura internacional exige que os produtores de diamantes naturais estejam mais unidos e alinhados em defesa dos seus interesses, por forma a contribuir para que as relações humanas, políticas e económicas no mundo sejam cada vez mais justas e garantam o apregoado desenvolvimento sustentável.

A indústria dos diamantes está a viver um momento de particular instabilidade, derivado, essencialmente, da conjuntura económica e da “campanha de descredibilização dos diamantes naturais” a favor da “promocão dos diamantes sintéticos.”, diz o ministro.

Segundo o governante angolano, estes factos têm contribuído negativamente para o desenvolvimento e crescimento harmonioso desta importante indústria e, consequentemente, para a diminuição do preço dos diamantes no mercado internacional.

Por isso, aconselha, o comité deve acelerar as reflexões sobre estas iniciativas para, em conjunto, conseguirem defender os seus interesses perante toda e qualquer tendência que ameace prejudicar a indústria diamantífera. “Sei que esta reflexão está em curso e devemos acelerá-la, tendo em conta que as nossas vozes não podem nem devem ser ignoradas, porquanto somos importantes stakeholders nesta indústria”, exortou.

Diamantino Azevedo denuncia, por outro lado, haver certas entidades da indústria a promoverem iniciativas de descredibilização dos diamantes naturais, o que tem impactado negativamente os produtores de diamantes naturais.

“Refiro-me particularmente às medidas de segregação riscos, e impacto na indústria diamantífera; a análise dos diamantes produzidos em laboratório versus diamantes naturais e a Declaração dos líderes dos G7 dc 24 de Fevereiro de 2023”, criticou.