A maior parte dos minérios de ferro na província são transportados e exportados por via marítima, a partir do porto do Namibe, e outros, em rodovias, por causa dos elevados custos logísticos do Caminho de Ferro de Moçâmedes, factor atribuído a insuciência de vagões.

Por conta disso, as mineradoras vão acumulando grandes quantidades de minérios no stock. As preocupações foram levantadas esta segunda-feira pelos empresários, durante a jornada Jornada de “revitalização de transporte e exportação de minério de ferro e rochas ornamentais”, efectuada pelo ministro dos transportes, Ricardo de Abreu, na província.

Segundo a Associação dos Transformadores e Produtores de Minérios de Ferro e Rochas Ornamentais do Sul de Angola, a HM Granitos, por exemplo, que opera na Chibia e que exporta granitos para China, Polónia, Espanha e Portugal, não consegue se desfazer do armazenamento de 164 mil metros cúbicos de granitos, por causa dos custos de trasnportação.

“O caminho de Ferro de Moçâmedes não tem capacidade para acudir todas as nossas necessidades hoje. Ainda continuamos a utilizar a rodovia”, lamentou um empresário.

O Ministério dos Transportes diz que o aumento da capacidade de resposta é possível, mas, para isso, há que haver mais apostas de empresários, e assegura, por outro lado, continuar a promover o empresariado local. “Os principais parceiros do consórcio do corredor logístico sul serão nacionais. Não é possível aumentarmos a capacidade de resposta sem investimento”, disse Ricardo de Abreu.