A companhia russa de diamantes Alrosa deixa de fazer parte da estrutura societária da Sociedade Mineira de Catoca. A decisão foi anunciada hoje, 28.11, em Luanda, pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, durante uma reunião do Conselho de Ministros. O lugar de Alrosa será ocupado pela Maaden International Investment de Omã. A subsidiária do fundo soberanos do Sultanato de Omã vai, igualmente, substituir a Alrosa na Sociedade Mineira do Luele. Em Outubro último, o vice-ministro das Finanças da Rússia disse que, quem tivesse que comprar os 41% das participações de Alsora em Catoca teria de ser um parceiro estratégico, que desenvolvesse o activo, pagasse um preço justo, e não estivesse filiado à sua concorrente De Beers. Alexei Moiseyev havia classificado o assunto da retirada sensível, dada a posição de Angola. Mas, considerara, que as razões eram “justas na generalidade”. Hoje, o ministro Azevedo justificou que a decisão da saída de Alrosa da estrutura societária de Catoca teve a ver com as sanções à empresa russa, que criavam dificuldades aos negócios e à credibilidade dos diamantes angolanos no mercado internacional. Segundo Diamantino Azevedo, isso fez com que o Presidente da República, João Lourenço, orientatasse a Endiama (sócia da Alrosa em Catoca) a encontrar uma solução que atendesse as duas partes. O governante também esclareceu que até ao momento, Angola nunca foi sancionada porque os Presidentes de Angola, Namíbia e Botswana assumiram uma posição concertada junto do G7. Catoca, que é a quarta maior mina de diamantes do mundo em volume, produz cerca de 75% dos diamantes angolanos, mais de 6,5 milhões de quilates de diamantes brutos por ano. É controlado pela Endiama (59) e Alrosa, com 41%.
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