De Janeiro a Junho, o país recuperou 4 milhões e 93 mil quilates provenientes, maioritariamente, da exploração industrial, e exportou 4,66 milhões de quilates, resultando num valor bruto de, cerca de 711,7 milhões de dólares. Comparativamente ao ano passado, houve um descréscimo nas exportações de 2,8%. A Sociedade mineira de Catoca foi a que mais contribuiu na produção realizada durante o período em análise, com cerca de 67% de toda a produção.

Neste mesmo peíodo, Angola comercializou  cerca de 2,9 milhões de quilates de diamantes ao preço médio de 202,61 dólares americanos por quilates, correpondendo ao valor bruto de  aproximadamente 594,17 milhões de dólares americanos. Comparativamente ao periódo homólogo do ano anterior, houve um descréscimo na quantidade de quilates recuperados, de aproximadamente 3,9%.

Os dados foram apresentados, sexta-feira, em Luanda, pelo director Nacional dos Recursos Minerais. Paulo Tanganha realçou que os os Emirados Árabes Unidos, com 65,6 por cento, foram os principais destinos das exportações, seguido da Bélgica, com 29 por cento. Os restantes 5,4 por cento foram exportados para diversos destinos.

Segundo aquele responsável, a redução nas exportações deveu-se a questões políticas geradas pelo conflito Rússia-Ucrânia; questões do mercado, como é o efeito da inflação nos Estados Unidos da América, além do contexto económico gerado pela evolução no mercado de diamantes sintéticos.

 "O diamante é vendido de acordo com as necessidades  do mercado, e quando o mesmo poder absorver, avançaremos com as vendas, sobretudo quando se estiver numa situação em que os custos operacionais são compatíveis com as vendas dos diamantes a um certo preço. Do contrário, são retidos os diamantes e esperarmos  o momento certo do mercado para a efectivação das vendas”, explicou.