Minas de Angola
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É ESTRANHO ESSES SISMOS QUE ACONTECEM EM ANGOLA”, ENTENDA O PARECER DE GEOFÍSICO SOBRE O INCIDENTE DA HUÍLA

Sobre o abalo sísmico de magnitude 2.6, de classe moderada na escala Richter, que ocorreu na última sexta-feira, no Lubango, província da Huíla, o Minas de Angola procurou por um especialista para melhor esclarecimentos.

A ocorrência deu-se por volta das 08:03 e foi registada pelas estações do Lubango e da Gabela (Cuanza Sul). Não há, até ao momento, registo de qualquer danos pessoais ou materiais que tenha sido provocado pelo abalo sísmico.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET), na base desses eventos estarão alguns modelos teóricos que são definidos em escala mundial, como é o caso das zonas de fraquezas pré-existentes que foram provocadas há milhões de anos.

Não é a primeira vez que a província regista um sismo dessa magnitude. Em Janeiro de 2017, um evento de magnitude 4.7 graus, na escala de Richter, sacudiu os municípios do Lubango, Chicomba e epicentro de Caluquembe. Em Outubro do mesmo ano, a região de Negola, no município de Caluquembe, sentiu um tremor de terra, sem ter sido possível medir a sua magnitude por insuficiência de instrumentos, na ocasião.

Por isso, o Minas de Angola procurou pelo geofísico Finéldio Francisco para um breve esclarecimento sobre o assunto. O especialista foi cauteloso na sua abordagem, dizendo que precisaria analisar melhor o sucedido para falar com mais propriedade mas, adiantou que o país “encontra-se numa zona de placas tectónicas estáveis, tranquilas”, pelo que não se justifica muito esses acontecimentos, a não ser que seja provocado pela acção do homem.

“Nesta zona que nós estamos é estável. Então, é estranho esses sismos que acontecem aqui em Angola”, começou por dizer.

De acordo com o geofísico, os sismos podem surgir por várias causas,  como por exemplo, naturais, placas tectónicas, actividade vulcânica ou através da exploração mineral. Segundo ele, a  actividade mineira pode causar sismo de magnitude, 2.6 na escala de Richter, ou seja, os de menor amplitude.

No caso de Angola, explica, não há muitas razões para isso acontecer, a não ser que seja pela prática da mineração, sustentando que, no processo de mineração das rochas ornamentais “existem micro explosões usadas para segregação do material que podem provocar sismos de “pequeníssimas magnitude”, acautelando, no entanto, que precisaria analisar bem o que aconteceu na Huíla para falar com maior propriedade. 

“Tenho que entrar mais afundo sobre isso, saber o local exacto. Era bom analisar se exitem umas minas aí ao lado, porque a intensidade também é baixa. Na escala de Richer é uma intensidade muito baixa. Esse tipo de intensidade não causa muitos danos”, ponderou

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