Segundo um relatório da empresa, divulgado esta segunda-feira pela imprensa, as vendas aumentaram marginalmente para RUB 188,16 bilhões (US$ 1,9 bilhão) durante os seis primeiros meses de 2023, de RUB 187,88 bilhões (US$ 1,9 bilhão) um ano antes. O lucro caiu 35%, para RUB 55,57 bilhões (US$ 562,5 milhões).

A receita do primeiro semestre também foi maior do que os RUB 181,76 bilhões (US$ 1,84 bilhão) relatados pela Alrosa no mesmo período de 2021, antes das sanções. Para o segundo trimestre de 2023, a receita subiu 8% ano a ano, para RUB 92,51 bilhões (US$ 936,5 milhões), enquanto o lucro caiu 25%, para RUB 27,07 bilhões (US$ 274 milhões).

No entanto, o grupo deixou de fora as secções usuais sobre receita segmentada, citando um decreto do governo de 4 de Julho de 2023 permitindo que empresas listadas limitassem sua publicação de informações se a divulgação pudesse levar a medidas restritivas por parte de estados estrangeiros.

Os números omitidos incluem uma divisão das vendas no exterior e no mercado interno, bem como detalhes sobre a receita por localização do cliente, que geralmente mostram que Bélgica, Emirados Árabes Unidos (EAU) e Índia são os maiores compradores.

O destino da maioria dos diamantes russos desde o início das sanções permanece incerto, com Antuérpia, Dubai e Surat sendo citados como possíveis mercados no passado.

Enquanto os EUA proibiram as importações diretas de diamantes russos e impuseram sanções à Alrosa, a União Europeia (UE), Índia, China, Emirados Árabes Unidos e outros mercados-chave não o fizeram. Além disso, diamantes polidos originários de petróleo bruto russo, mas fabricados noutros lugares, são tecnicamente legais nos EUA sob um princípio chamado "transformação substancial".

A Alrosa, no entanto, também não informou quanto de receita veio de diamantes e quanto de outros negócios, como transporte, nem incluiu informações sobre transações com partes relacionadas.

A empresa "considera que a sua posição de liquidez actual é suficiente para operações sustentáveis", mas alertou que "a pressão de sanções sobre a empresa e o aumento da volatilidade do mercado" podem afetar isso no futuro. O relatório observou o "impacto de condições geopolíticas e económicas adversas" em sua posição financeira.

"O grupo não pretende nem precisa reduzir materialmente o volume de operações", disse a administração, ciatada pela Rapaport.