O projecto será a concluído até Novembro deste ano. O investimento vai permitir a extracção de cerca de 187 mil toneladas de componentes para fertilizantes, segundo Olainde Catulichi, director da Minbos Resourses em Angola, ao falar à margem do seminário sobre a "Utilidade dos Agrominerais”, co-organizado pelos Ministérios dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e o da Agricultura e Florestas, na semana passada, em Luanda.

A fábrica vai dar origem a um negócio de abastecimento e distribuição de nutrientes que estimule a produção agrícola, além de promover a segurança alimentar no país. Várias empresas já manifestaram interesse nos seus resultados. Segundo aquele responsável, o país precisa de mais empresas de produção e exploração de adubos e um sistema completo, que envolva  universidades, bancos e produtores agrícolas, para conseguir maximizar a oferta.

Devido à inflação e à escassez de divisas, informou, os empreiteiros solicitaram à Minbos Resources um aumento do  investimento da ordem dos 40 por cento  do valor inicial  para a conclusão das obras da fábrica.

O Projecto Fosfato de Cabinda consiste na produção de fertilizantes usando matéria-prima local, extraída na concessão de Cácata, em cuja jazida é obtida em rocha fosfórica para ser transportada para o Porto de Caio, onde é construída e operada uma unidade industrial de granulação.

Os grânulos de Rocha Fosfática Aprimorada (EPR) obtidos nessa unidade tornam-se na matéria-prima de nutrientes "P”, para misturar com os grânulos de azoto (N) e potássio (K) importados, resultando na mistura NPK com especificações exactas e adequadas às culturas e solos angolanos.