Minas de Angola
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GOVERNO ABRAÇA PROJECTO DE PRODUÇÃO DE AMÓNIO E UREIA

Angola vai expandir a exploração de gás para a indústria alimentar, por forma a facilitar a produção de fertilizantes. O país reúne condições para deixar de importar fertilizantes a médio prazo. Isso será possível, sobretudo, devido à implantação do projecto de produção de amónio e ureia lançado no ano passado, no Soyo, pelo grupo privado Opaia.

A informação foi avançada ontem, em Luanda, pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, quando intervinha no seminário sobre "Agrominerais: o Caminho para a Sustentabilidade Agrícola", organizado pelo seu ministério e pelo da Agricultura e Florestas.

Segundo o governante, além de desenvolverem trabalhos que permitem detectar ocorrências de recursos e reservas de agrominerais como fosfato, potássio, gesso e calcários, o seu pelouro tem fomentado projectos de produção de componentes de fertilizantes, como é o caso do projecto de produção de amónio e ureia do grupo OPAIA.

“Nós abraçámos este projecto, criando condições para o fornecimento de gás. O Ministério das Finanças também o abraçou”, informou, sublinhando que a meta é atingir a autossuficiência de fertilizantes, porque o país, referiu, tem todas as condições para que a médio prazo possa deixar de importar fertilizantes.

Está neste momento em endamento uma concessão de fosfato a OPAIA. A empresa foi motivada a juntar-se a outras com concessões de potácio, o que significa que, no futuro, Angola poderá vir a ter os três componentes principais para o famoso MPK.

Mas, não se pretende ficar por aí. A indústria do petróleo trabalha para encontrar um outro tipo de gás, que não seja o do petróleo. Um gás que não servirá apenas para alimentar a Plana da Angola LNG, Ciclo Combinado do Soyo, mas também para ajudar a alimentar a planta de amónio e ureia.

Além disso, será necessário gás para um projecto de produção de aço no Namibe, usando o minério de ferro das minas de Cassinga (Huíla), prevendo-se que mais blocos petrolíferos se juntem aos fornecimentos, já que "poderemos ter, futuramente, outras plantas de amónio e ureia no país".

"O país já possui indústrias de calcário, indústrias misturadoras e poderão surgir outras. Queremos ir mais além. Todos os ingredientes estão presentes. Falta-nos agora executar e podermos, daqui alguns anos, com orgulho, dizer que o país deixa de importar fertilizantes”, agourou.

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A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.

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