Minas de Angola
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CIENTISTAS DESCOBREM NOVO METÓDO DE COMO E ONDE ENCOTRAR DIAMANTES 

Quase todos sabem que os diamantes são transportados em rochas fundidas, ou magmas, chamadas kimberlitos. Mas, quase ninguém questiona que processo faz com que esses kimberlitos disparem repentinamente através da crosta terrestre, após milhões de anos escondidos sob os continentes.

Os diamantes, sendo as pedras naturais mais duras, requerem pressões e temperaturas intensas para se formarem. Essas condições são alcançadas profundamente na Terra. Mas, como eles chegam até à superfície?

Uma nova publicação da Nature sugere que um efeito dominó pode explicar como a separação dos continentes acaba por levar à formação de magma quimberlítico. Durante a separação, uma pequena região da raiz continental – áreas de rocha espessa localizadas sob alguns continentes – é perturbada e afunda no manto subjacente.

Vê-se aqui um afundamento de material mais frio e a ascensão do manto quente, causando um processo chamado convecção orientada pelo limite. Os modelos mostram que essa convecção desencadeia padrões de fluxo semelhantes que migram sob o continente próximo.

Os modelos mostram que, enquanto varrem ao longo da raiz continental, estes fluxos disruptivos removem uma quantidade substancial de rocha, com dezenas de quilómetros de espessura.

A maioria dos geólogos concorda que as erupções explosivas que libertam diamantes acontecem em sincronia com o ciclo de supercontinentes: um padrão recorrente de formação e fragmentação de massas de terra que tem definido milhares de milhões de anos da história da Terra.

No entanto, os mecanismos exactos subjacentes a esta relação são debatidos. Para fundamentar esta tese, surgiram duas teorias principais. Uma propõe que os magmas quimberlíticos exploram as “feridas” criadas quando a crosta terrestre é esticada ou quando as placas tectónicas se separam. A outra teoria envolve plumas mantélicas, que são colossais ascensões de rocha fundida a partir da fronteira entre o núcleo e o manto, localizadas a cerca de 2900km de profundidade.

Ambas as ideias, no entanto, não estão isentas de problemas. Em primeiro lugar, a parte principal da placa tectónica, conhecida como litosfera, é incrivelmente forte e estável. Isto dificulta a penetração das fraturas, que permitem que o magma escoe.

Além disso, muitos quimberlitos não têm os “sabores” químicos que a maioria das pessoas gostaria de encontrar em rochas derivadas de plumas mantélicas.

Em contraste, pensa-se que a formação de quimberlitos envolve graus extremamente baixos de fusão de rochas mantélicas, muitas vezes menos de 1%. Então, é necessário outro mecanismo. O novo estudo oferece uma possível resolução para este enigma de longa data.

Os autores usaram análises estatísticas, com a ajuda da inteligência artificial (IA) – para examinar forensemente a ligação entre a separação continental e o vulcanismo quimberlítico. Os resultados globais mostraram que as erupções da maioria dos vulcões qimberlíticos ocorreram entre 20 e 30 milhões de anos após a separação tectónica dos continentes da Terra.

Além disso, o estudo regional que visou os três continentes onde estão a maioria dos quimberlitos – África, América do Sul e América do Norte – apoiou esta descoberta e acrescentou uma grande pista: as erupções de quimberlitos tendem a migrar gradualmente das extremidades continentais para os interiores ao longo do tempo, a uma taxa que é uniforme nos continentes.

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