A notícia sobre o passamento físico do polidor chegou esta segunda-feira de fontes próximas, através das redes sociais e está a ser acompanhada de várias reacções dos homens da indústria.

Nascido em Tel Aviv em 1939, Tolkowsky pertencia a uma família mergulhada na indústria de diamantes. Aprendeu o ofício com o pai, que tinha uma fábrica de polimento de diamantes em Israel. Educação esta que o prepararia para uma carreira de sucesso. “Gabi”, como era conhecido na indústria, fabricou alguns dos diamantes mais famosos do mundo.

O seu pai, Jean Tolkowsky, e o primo haviam se mudado de Antuérpia para a Palestina - hoje Israel - em 1932. Jean tornou-se a primeira pessoa a instalar uma operação de polimento no país.

Para polir diamantes, o pai de “Gabi” usava bicicleta para girar a roda de polimento, porque não havia electricidade. Muitos dos primeiros diamantaires em Israel foram alunos do seu pai.

De 1975 a 1995, Gabriel Tolkowsky trabalhou para a extinta unidade fabril da De Beers, Diatrada. Ficou famoso por cortar o diamante centenário de 273,85 quilates, que a De Beers revelou em 1991 para marcar os 100 anos da fundação da empresa.

Depois que De Beers anunciou que poliria a pedra, ele e a esposa tiveram que se esconder dos repórteres e acabaram ficando num quarto não listado no porão de um hotel remoto na Cidade do Cabo, de acordo com o The Straits Times. Posteriormente, o pilidor passou três anos a cortar o diamante numa instalação subterrânea de alta segurança. A peça polida mais tarde foi exposta na Torre de Londres. Foi também ele quem cortou o Diamante Jubileu de Ouro de 545,67 quilates para a De Beers.