CONGO VAI AUDITAR CONTRATOS MINEIROS QUE TEM COM A CHINA PORQUE ACHA QUE O PAÍS ASIÁTICO "BENEFICIA MAIS"

A República Democrática do Congo (RDC) quer realizar uma auditoria aos contratos mineiros quem tem com a China, porque entende que estes favorecem substancialmente o país asiático.

O país da África Central quer que maior parte das receitas das empresas chinesas que extraem e exportam os seus recursos fica no seu território.

Christophe Mboso, Presidente da Assembleia Nacional da RDC, apelou a uma auditoria aprofundada dos contratos mineiros, bem como a um exame atento das relações do governo com "certos parceiros, tais como o contrato chinês".

Segundo o Ministro das Finanças congolês, Nicholas Kazadi, os contratos com a China foram tendenciosos, a favor de Pequim, e quer que as exigências fiscais destas empresas sejam reforçadas.

"A Sicomines, ao que parece, não está interessada em pagar os 200 milhões de dólares que a RDC está a pedir depois de ter feito enormes lucros", disse Kazadi citado pela imprensa internacional.

O Em 2021, o presidente da RDC já tinha exigido uma maior parte da riqueza mineral do país do que a que o seu antecessor tinha concordado. Felix Tshisekedi entendia que não era “normal que aqueles com quem o país assinou contratos de exploração estejam a ficar mais ricos enquanto o povo continua pobre", reforçando que é tempo de o país reajustar os seus contratos com os mineiros, a fim de selar parcerias vantajosas para todos".

A RDC tem 70% das reservas mundiais de cobalto e é também o maior produtor de cobre de África. Ambos os minerais são cruciais na transição global para as energias renováveis, uma vez que são utilizados em baterias de veículos eléctricos, painéis solares e turbinas eólicas, em que a China deseja manter o domínio.