CULTIVADOS NÃO DEVEM PREOCUPAR INDÚSTRIA DE DIAMANTES NATURAIS, DEFENDE PRESIDENTE DA DE BEERS

O co-presidente da De Beers, Bruce Cleaver, defendeu esta segunda-feira, em Israel, que o aumento das vendas de diamantes cultivados em laboratório, sobretudo na categoria nupcial, não deve ser motivos de preocupações excessivas da indústria de diamantes naturais.

A De Beers produz diamantes sintéticos para aplicações industriais há anos, através do Element Six, com sede no Reino Unido. Em 2018, lançou uma linha de joias de moda cultivadas com Lightbox. Mas, nenhuma dessas unidades, insiste Clever, significa uma protecção contra a queda da oferta de produtos naturais. Os modelos sugerem que as minas de diamantes continuarão a produzir bons volumes nos próximos 25 anos.

Ao intervir na Semana Internacional do Diamante, em Ramat, o empresário disse que nos últimos anos observou-se um crescimento da demanda por diamantes artificiais, que resultou no aumento da oferta e um rápido declínio nos preços e custos de produção.

Além disso, prosseguiu, o segmento tem uma baixa base de comparação, enquanto as vendas gerais de joias também se fortaleceram. Por isso, os sectores de diamantes extraídos e sintéticos continuarão a divergir à medida que a produção cultivada em laboratório aumenta.

As pedras cultivadas em laboratório estão a emergir como "uma categoria distinta e separada, e que tem uma proposta de valor totalmente diferente dos diamantes naturais", acrescentou. A previsão é que a oferta cultivada em laboratório aumente em cerca de 70% este ano, com base em um aumento de 100% visto nos últimos três anos.