DIAMANTES RUSSOS FORA DAS SANÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA

Na sexta-feira, 24 de Fevereiro, assinalou-se um ano desde que os russos invadiram o território ucraniano. O dia ficou marcado com a provação do 10.º pacote de sanções à Kremlin.

Das várias medidas, o destaque foi para a expulsão de dois bancos russos do SWIFT; as restrições das exportações de peças e equipamentos que, segundo os líderes europeus, são utilizados na máquina militar russa. Outro ponto assinalável foi a ‘não-sanções’ aos diamantes russos. A Rússia, lembre-se, controla cerca de 30% de todo o diamante produzido no mundo.

Após três dias de negociações, os Estados-membros da UE chegaram a um acordo sobre o pacote das sanções à Rússia. Com as novas imposições a lista de pessoas ligadas ao regime russo também aumentou. Dos afectados estão sete entidades iranianas relacionadas com o fabrico de drones que possam ser utilizados na guerra da Ucrânia.

Em cima da mesa de discussões estiveram também sanções aos diamantes russos, que, no entanto, voltaram a ficar de fora das proibições deste 10.º pacote. A Rússia controla 28% da produção de todo o diamante no mundo.

Para ter uma ideia, a Alrosa — maior companhia de diamantes do mundo e responsável por 90% da produção de diamantes russos — é um dos maiores investidores de diamantes em Angola. Controla 32,8% da Catoca. A Catoca é a quarta maior mina do mundo.

Na sexta-feira assinalou-se 365 dias desde a invasão russa ao território ucraniano. O dia ficou marcado com declarações de vários países europeus a apoiarem as sanções à Rússia. Os Estados Unidos alinhou no mesmo pensamento, avançando com mais sanções contra mais de 200 entidades russas na Europa, Ásia e Oriente Médio.