O Botswana ameaça cortar os laços com De Beers, caso as conversações para renegociar um acordo de venda com a gigante se revelem desfavoráveis ao governo.
Em 2011, o país estabeleceu um acordo sobre os termos de comercialização dos diamantes produzidos pela Debswana, joint-venture 50-50 entre o governo e a De Beers, que leiloa a maior parte das pedras preciosas, que terminaria em 2021. As partes prorrogaram-no para até 30 de Junho de 2023, justificando o surto da COVID-19. Agora, o Presidente do Botswana, Mokgweetsi Masisi, citado pela imprensa internacional, entende que o seu governo deveria apoiar a sua administração na tentativa de negociar um acordo melhor. "Se não conseguirmos uma situação vantajosa para todos, cada partido terá de fazer as malas e partir", disse Masisi durante um comício do Partido Democrático do Botswana (BDP), em Moshupa. O estadista realça que agora percebem melhor “como funciona o mercado de diamantes e descobrimos que tínhamos recebido menos do que o que devíamos receber", refere Masisi, empolando que o Botswana enfrentava um 'Golias' no que diz respeito às negociações. "Também descobrimos que os nossos diamantes estão a dar muito lucro e que o acordo (2011) não tinha sido benéfico para nós. Estamos a subir as apostas porque queremos uma parte maior [dos] nossos diamantes. Não pode ser negócio como de costume", continuou. Ao abrigo do acordo de 2011, a De Beers vendeu 90% dos diamantes enquanto o Botswana leiloou 10% através da sua Companhia de Diamantes Okavango. Em 2020, a quota do Botswana aumentou para os actuais 25%.
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