INCLUSÃO DA MULHER NO SECTOR MINEIRO PASSA PELA EMANCIPAÇÃO

COMO OLHA PARA A INCLUSAO PROFISSIONAL E SOCIAL DA MULHER NO SECTOR MINEIRO? Entendo que deve começar pela emancipação da mulher. Hoje, já se valoriza mais a mulher, não apenas na indústria mineira. Basta ver que nas portas das universidades, há muitas mulheres. Todavia, ainda há barreiras, mas estão a ser desbloqueadas porque nota-se um avanço na política de igualdade, e falo particularmente da Catoca, que vai corrigindo as práticas discriminatórias tradicionais.

O QUE LHE MOTIVOU A ESCOLHER ESSA PROFISSÃO APARENTEMENTE PARA HOMENS? Inicialmente, fiz o curso de química no ensino medio. Na universidade quis fazer Petroquímica, mas, como não havia este curso, pensei em fazer Arquitetura ou minas. No entanto, o chefe de departamento de Química, na altura incentivou-me a fazer minas e fui para a universidade Agostinho Neto (UAN), mas fiquei 5 anos na UAN a fazer apenas o terceiro ano, devido as greves dos professores por falta de salários. Alguns professores foram emigrando para o sector petrolífero e a falta de docente foi ficando cada vez mais gritante. Então decidi ir a Portugal, onde já se encontravam outros colegas. Como fui a meio do ano letivo, apenas assistia as aulas e comecei a gostar das disciplinas, como Química Ambiental e outras ligadas ao meio ambiente. E daí decidi fazer Engenharia de Minas e Geoambiental. Mudei-me para Portugal a fim de frequentar dois anos do curso, mas acabei por fazer 5 anos porque algumas cadeiras que fiz em Angola lá não tinha equivalência.