Os dados foram avançados ontem durante o II Fórum sobre “seguro e mineração” que aconteceu na 38ª Feira Internacional de Luanda (FILDA) 2023, que decorre desde terça-feira na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda – Bengo, sob o mote “economia digital”. O evento termina este sábado, 22, e reúne cerca de 1000 expositores. Portugal é o expositor estrangeiro com maior número de empresas.

A indústria mineira demanda grande volume de investimento e financiamento para a sua operação, por isso, as empresas são chamadas a terem em conta com os imprevistos e riscos, que podem decorrer das suas operações e do seu capital humano.

Em Angola, a taxa de seguro de vida situa-se nos 8 por cento. E, apenas duas ou três seguradoras têm carteira de clientes com seguro de mineração. A Sanlam é uma dessas empresas. A carteira de negócio desta seguradora conta com vários clientes do sector mineiro. No entanto, reconhece que o segmento é um terreno ainda por se explorar.

Para isso, propõe mais trabalho para que se possa mudar as mentes, quer do ponto de vista das empresas ou individual. Só assim, entende, poder-se-á aumentar a quota do seguro de vida.

O Director do Gabinete de Estudo e Estatística do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Alexandre Garrete, disse, na sua intervenção, que o seguro de vida constitui uma mais-valia para as empresas que desejam ocupar lugar de destaque no sector.

Dulce Martins, da Sólida Mediação de Seguro, admitiu, por exemplo, que sua empresa ainda não tem uma carteira com este foco, mas caminha nesse sentido. “Pela experiência que nós temos no mercado grandes empresas do sector não têm ainda seguro”, lamentou.