Os dados constam de um relatório anual de estudo da PwC, uma das quatro maiores consulturas do mundo, que actua em 158 territórios e integra 250 mil profissionais dedicados à prestação de serviços em auditoria, consultoria tributária e societária, consultoria de negócios e assessoria em transacções.

A empresa dedicou a sua 20.ª edição à mineração, tal como tinha feito em 2003 - altura em que se apresentava ao mercado - levando à reflexão discussões sobre “Mineração 2023: A Era da Reinvenção”, originário do inglês Mine 2023: The Era of Reinvention.

O documento, a que o Minas de Angola teve acesso, refere que, as 40 maiores empresas do mundo do sector mineral apresentaram em 2022 um forte desempenho financeiro, demonstrando grande resiliência face ao actual contexto de incerteza económica e de aumento dos custos com as suas operações. 

O relatório destaca ainda que as mineradoras tiveram um balancete robusto, com débitos baixos. Mas houve um decréscimo na margem do Ebitda (entende-se lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), tal como previsto, devido às incertezas  do mercado.  

Apesar deste resultado, verifica-se, no entanto, uma mudança transformadora, impulsionada sobretudo pela crescente importância dos minerais críticos. Em função disso, salienta, os governos estão a reconfigurar o cenário competitivo para responder à crescente procura por esta tipologia de minerais, e a procurar mitigar os riscos existentes e potenciais associados às cadeias de abastecimento.

O relatório, que  marca o 20.º aniversário de estudo da consultora, explora temas actuais que exercem um impacto relevante no sector da mineração, como é o caso dos minerais críticos, a descarbonização, o aumento das operações de M&A ou a consolidação do sector.

Tendo em conta os resultados do período anterior, os valores apresentados são consistentes. No entanto, houve uma mudança nas receitas das mineradoras. Pela primeira vez desde 2010, o subsector do carvão foi o que teve maior impacto entre as 40 maiores mineradoras do mundo em 2022, saindo dos 23% para 28%.