Diamantino Azevedo falava durante um seminário sobre “sustentabilidade ambiental nas actividades petrolíferas em cenário de transição energética”, co-promovido, esta segunda-feira, em Luanda, pelo seu ministério e a Universidade Católica de Angola. 

O apelo do governante surge numa altura em que as discussões sobre a transição energética centralizam as atenções do mundo e a agenda 2063 – A África Que Queremos". Em Angola, assegurou, parte significativa da cadeia de valor dos minerais críticos, necessários para a transição energética, será desenvolvida no país, para permitir o crescimento da economia e a criação de empregos.

De acordo com o ministro, o petróleo e o gás natural continuam a ser os principais pilares da economia nacional, contribuindo com 24 por cento no Produto Interno Bruto (PIB) nacional e em mais de 96 por cento das exportações, e reiterou que os minerais críticos são indispensáveis para as baterias de carros eléctricos, telemóveis, construção de turbinas eólicas, aviões, naves espaciais e painéis solares. Por esta razão, o Executivo continua a trabalhar para atrair investidores no subsector, tendo em conta o desafio da "não dependência" do petróleo.

Consequentemente, o dirigente desafiou as universidades a implementarem cursos nas áreas de energias renováveis. Para Diamantino Azevedo, as universidades podem igualmente apostar em parcerias com empresas nacionais e internacionais para o desenvolvimento de projectos científicos e de inovação tecnológica.

Sobre a sustentabilidade ambiental, disse, o Executivo, através do Ministério dos Recursos Minerais Petróleo e Gás, está a implementar medidas e acções para a mitigação das alterações climáticas e a redução da pegada de carbono, cumprindo com os requisitos do Acordo de Paris, do qual Angola é signatária.