Numa altura em que o tema sobre a transição energética está em voga, o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás mostra suas cartas, mantendo-se alinhado com o que acontece em outras realidades.

O governo inscreveu objectivos e estabeleceu metas, aumentando significativamente a atribuição de direitos mineiros para exploração de diamante, ouro, matais ferrosos e não ferrosos, entre outros.

A exploração do ferro é das principais prioridades do ministério, conforme tem reiterado o titular da pasta, que assegurou, recentemente, no Uíge, a aceleração dos trabalhos para a entrada em produção do projecto minero-siderúrgico de Kassinga e o projecto de exploração de ferro de Kassala-Kitungo, no Cuanza Norte.

Na mesma linha de pensamento, estão também projectos de prospecção de lítio, nióbio e elementos de terras raras, indispensáveis para a transição energética. A empresa Minbos, por exemplo, está em fase de desenvolvimento para a exploração de fosfatos em Cabinda.

No município de Quilengues, na Huíla, efectua-se a prospecção do nióbio. A multinacional Pensana Plc, cujo principal activo é o projecto de refinaria de terras raras Saltend, no Reino Unido, está em prospecção e exploração de neodímio e praseodímio, no Longonjo, Huambo.

O projecto do Longonjo estende-se do Lobito, aproximadamente 300 km a oeste, até à capital do Huambo, 60 km a leste.