Minas de Angola
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DIAMANTE CULTIVADO PODE NUNCA AFECTAR INTEGRIDADE DO DIAMANTE NATURAL

Um dos grandes desafios da indústria diamantífera global actualmente passa por conseguir vencer a apatia, o distanciamento e a forma pouco transparente de se produzir e comercializar as pedras preciosas.

A crescente tendência do mercado em “confundir” ou misturar o preço do diamante sintético com o natural (não) deve preocupar a indústria, pois a pedra natural tem um valor próprio.

Para contornar a ameaça à integridade do comércio de diamantes naturais, Dr. M'zée Fula-NGENGE defende que “diamantes sintéticos e cultivados nunca devem ser misturados com diamantes naturais", caso se queira um valor de mercado justo.

Numa recente entrevista ao Minas de Angola, o especialista angolano lamentou o facto de a indústria diamantífera mundial ter-se deixado abalar pela apatia, aliada à falta de proximidade, que resulta de um pensamento antiquado daqueles que resistem à transformação pragmática e que nem conseguem sequer pensar que haja formas mais eficientes ou éticas de conduzir os negócios no sector.

Se a indústria não for honesta em relação às suas recorrentes deficiências e se continuar a não tomar nenhuma iniciativa, alerta, todas as expectativas que se tem em relação a ela, serão defraudadas.

Dr. M'zée Fula-NGENGE recordou que, há 40 anos quando entrou para a indústria, muitos dos seus colegas, eram obcecados em actuar e contribuir indústria, mas agora, a indústria global de diamantes enfrenta uma tendência preocupante de egocentrismo, desunião, insegurança, narcisismo, e corre o perigo de ser substituída.

Nos últimos tempos, a comercialização de diamantes não naturais, sintéticos, artificiais e/ou cultivados tem sido um pouco exagerada. Os diamantes artificiais ou cultivados estão a tornar-se mais populares, alterando significativamente o comportamento dos consumidores.   

As pedras naturais possuem um valor indelével e os “agricultores de quilates” mais proficientes, que dedicam tempo para colher ou fornecer essas pedras preciosas, provaram repetidas vezes que são vitais para a sustentabilidade dessa indústria.

O que muitos consumidores desconhecem, explica Dr. M'zée Fula-NGENGE, é que os preços dos diamantes no atacado estão sujeitos a diminuir de tempos em tempos. Apesar disso, muitos consumidores de diamantes ainda não perceberam que as margens das lojas tendem a aumentar na mesma situação.

O aumento da produção de diamantes não naturais, sintéticos, cultivados em laboratório e artificiais se traduz em preços descendentes desse tipo de mercadoria no longo prazo. Embora os suprimentos de diamantes naturais diminuam em algum momento nos próximos anos, o preço de compra, venda e mercado continuará a aumentar com o tempo.

Por isso, conclui, é seguro dizer que a protecção de diamantes africanos naturais não será afectada negativa ou drasticamente tão cedo.

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A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.

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