Não corresponde a verdade as informações segundo as quais a “Companhia de diamantes russa está sem acesso aos lucros obtidos em Angola ou que a “Alrosa pode abandonar o projecto Catoca devido a sanções americanas”, disse hoje, em Luanda, ao Minas de Angola, fonte oficial do Ministério dos Recursos Minerais Petróleo e Gás, que explica o que se discutiu na reunião, por videoconferência, da Comissão Intergovernamental de Cooperação Económica Técnico-Científica e Comercial Angola-Rússia, realizada na passada segunda-feira (17).
Não passou de vesosimilhança. As informações postas a circular em alguns órgãos de comunicação social, citando como fonte a Angop (Agência Angolana de Notícias) não são factuais. A verdade, porém, é que, no encontro realizado sob a co-presidência do Ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, e do Ministro russo dos Recursos Minerais e Ecologia, Aleksandr Kozlov, foram discutidos assuntos ligados à Sociedade Mineira de Catoca — empresa em que as estatais angolana Endiama e a russa Alrosa são accionistas — bem como a questão das prováveis modalidades para o pagamento dos dividendos da Catoca relativos aos anos de 2021 e 2022. Ao Minas de Angola, a fonte oficial do MIREMPET parafraseia o director do Gabinete de Intercâmbio do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleo e Gás (MIREMPET), Luís António, que disse que "as partes [Angola e Rússia ] estão a analisar os melhores mecanismos para se efectivar estas operações, tendo em conta o regime de sanções submetidos à Alrosa, ao nível internacional. Precisamos é encontrar o melhor caminho para que os interesses das partes fiquem salvaguardados”, lê-se nas explicações do director do Gabinete de Intercâmbio do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleo e Gás (MIREMPET), Luís António, numa publicação do portal oficial do Ministério. Segundo a nossa fonte, a informação oficial é a publicada pelo MIREMPET, sublinhado que, “qualquer informações com mais ou menos detalhes não correspondem, na totalidade, àquilo que foi tratado no encontro”, corroborou. Recorde-se que a Alrosa é socia da ENDIAMA desde a criação da Catoca (em 1993). A 4 de Abril de 2019, foi assinado um Memorando de Entendimento, visando a promoção da cooperação entre Angola e Rússia na área de prospecção, pesquisa, exploração, avaliação, comercialização e lapidação de diamantes naturais.
A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.
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