Pesquisadores da Universidade de Cagliari, na Itália, e do Imperial College de Londres desenvolveram um método para extrair ouro de placas de circuito impresso, cartões SIM e outros objectos electrónicos. Os cientistas também desenvolveram um processo que permite usar o ouro recuperado para o fabrico de medicamentos.
Em um artigo publicado na revista ACS Sustainable Chemistry & Engineering, os cientistas explicam que o método de extração envolve etapas selectivas para a lixiviação sustentável e recuperação de metais básicos como níquel, depois cobre, prata e, finalmente, ouro, usando reagentes verdes e seguros. O ouro produzido a partir desse processo, no entanto, faz parte de um composto molecular e não pode ser reutilizado para a área electrónica. Em busca do uso para este composto de ouro recuperado, a equipa de pesquisa investigou se o produto poderia ser aplicado como um catalisador na fabricação de outros materiais ou substâncias, incluindo produtos farmacêuticos, como anti-inflamatórios e medicamentos para aliviar a dor. Os pesquisadores descobriram que o composto de ouro teve um desempenho tão bom, ou melhor, do que os catalisadores actualmente usados, e também é reutilizável, melhorando ainda mais a sua sustentabilidade. Portanto, os cientistas sugerem que tornar economicamente viável a recuperação de ouro a partir de resíduos electrónicos poderia criar usos derivados para outros componentes recuperados no processo. Por exemplo, ao aplicar a nova técnica, o cobre e o níquel também são separados, assim como o próprio plástico, com todos esses componentes potencialmente sendo usados em novos produtos.
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