Desde o ano passado (2021) Angola é um país produtor de manganês. O ministro Diamantino Azevedo, acompanhado pelos governadores de Malanje, Norberto dos Santos, e do Cuanza Norte, Adriano Mendes de Carvalho, cortou a fita inaugural e acionou o botão para o arranque da britagem de manganês (Mn) em Kitota, dando início à mineração naquele projeto localizado na comuna da Quizenga, município de Cacuso, Malanje.
A concessão de 576 mil km² abrange a província vizinha do Cuanza Norte e possui uma área estudada de 9,8 km². Diamantino Azevedo disse esperar que “Kitota venha a tornar-se uma grande mina de manganês e contribua para o desenvolvimento do nosso país”. Reconheceu ser a primeira do género em Angola, depois da independência, sendo os seus promotores cidadãos nacionais. “Esse exemplo dá uma perspectiva de que a diversificação da economia angolana também passa pela mineração”, recordou. Elogiou a presença de jovens angolanos na fase de prospecção e agora de mineração, recomendando o empenho da juventude na formação e no trabalho abnegado. Aos promotores do Projeto Kitota apelou à continuidade dos estudos para que encontrem outras reservas, pois, atestou, “o projeto tem potencial”. “O manganês é um mineral muito importante e o país precisa dele para alimentar as indústrias siderúrgicas a instalar-se em Angola, considerou Diamantino Azevedo. Os estudos históricos apontam que a Mina de Kitota foi explorada entre 1950 a 1974 pela Companhia de Manganês de Angola e abandonada durante 47 anos. Os estudos de reavaliação de reservas iniciaram em 2016, resultando em 4,3 milhões de toneladas de minério que serão explorados num ritmo de 240 mil toneladas ao ano. A segunda fase prevê um ritmo de exploração de 480 mil toneladas ao ano, podendo a mina ser explorada durante dez anos. As siderúrgicas e cimenteiras nacionais bem como os mercados da China, Índia e Estados Unidos da América constam entre os destinos do manganês da mina de Kitota. O MIREMPET realiza, desde segunda-feira, 19, várias atividades enquadradas na Jornada Comemorativa do 27 de abril, Dia do Mineiro Angolano, destacando-se a inauguração de dois empreendimentos mineiros em Malanje e Lunda Norte, bem como encontros com operadores mineiros nas cidades de Malanje, Dundo, Saurimo e Lubango.
A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.
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