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DIAMANTES ANGOLANOS APRESENTAM MAIOR FREQUÊNCIA DE CONTRABANDO NOS PRINCIPAIS CENTROS DE COMERCIALIZAÇÃO

Até ao momento, em termos de quantidades descobertas nos principais centros de diamantes, os bens angolanos são os que apresentam maior frequência de contrabando no continente.

Dos países africanos produtores de diamantes, Angola não está só na lista. Há também um número considerável de pedras contrabandeadas vindas da Serra Leoa, República Centro-Africana, República Democrática do Congo e Zimbabué, revelou o Presidente do Conselho Africano de Diamantes, M'zée Fula-Ngenge, numa recente entrevista exclusiva ao Minas de Angola.

Segundo o consultor sénior, o movimento ilegal desses bens é contínuo e o que incentiva ainda mais o contrabando de diamantes africanos é a fraca ‘disposição’ do sistema de certificação do Processo Kimberley (KP); esquema de certificação e a ausência de legislação universal que exija que os diamantes contrabandeados sejam devolvidos aos países de origem.

Parte considerável desses diamantes extraídos ilegalmente, apontam dados da organização que dirige, têm surgido de forma recorrente nos principais centros diamantíferos de Ramat Gan (Israel), Dubai (Emirados Árabes Unidos), Surat (Índia) e Antuérpia (Bélgica) já há algum tempo.

M'zée Fula-Ngenge foi um dos proponentes da aplaudida iniciativa "Operação Transparência" e entende que a política e a liderança também tendem a ter um impacto notável na situação económica de um país, sem falar da extracção dos seus recursos naturais, apontando como exemplo o contraste entre o Botswana e a República Democrática do Congo (RDC).

No caso de Botswana, aconselha, deve essencialmente continuar  com a sua política económica, que lhe ajudará a garantir a estabilidade macroeconómica. Por outro lado, a RDC deve reabilitar toda a sua indústria, bem como sanitizá-la de forma semelhante à que Angola se comprometeu.

Até 2022, dados apontavam que um terço dos diamantes extraídos de países africanos era desviado para contrabando, sendo que entre 24% a 28% da produção diamantífera circulava em fluxos financeiros ilícitos.

O Conselho Africano de Diamantes havia denunciado, naquele ano, que mais de 92% dos diamantes em bruto confiscados em solo estrangeiro não são devolvidos aos países africanos de origem”, uma prática que reforça o argumento segundo o qual “o contrabando é encorajado por países que albergam grandes centros diamantíferos”, denuncia.

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A nossa linha editorial assenta no relato de informação sobre o sector dos recursos Minerais (Não Petrolíferos) em Angola, com incidência nas actividades geológicas e minerais, nomeadamente, a prospecção, exploração, desenvolvimento e produção de minerais, distribuição e comercialização de produtos minerais, protecção do ambiente.

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