ANGOLA PREPARA-SE PARA OCUPAR O LUGAR COMO SEGUNDO MAIOR PRODUTOR DE DIAMANTES DO MUNDO

Nos últimos anos, o país fez progressos significativos no que respeita a extracção dos recursos minerais, alimentando, assim, a intenção do governo em tornar o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás um sector importantíssimo na diversificação da economia.

Com uma meta de produção fixada em 10,3 milhões de quilates em 2022, o sector atraiu crescente interesse de investidores internacionais, com a implementação de reformas. O Decreto Presidencial 143/20 – que dinamiza o sector mineiro através da redução da participação do Estado, é uma delas.

O país acelera suas actividades de mineração de diamantes, marcando passos firmes para o segundo lugar como o maior produtor de diamantes brutos até 2030, conforme havia assegurado no ano transacto, o ministro Diamantino Azevedo, durante a conferência da Federação Mundial de Bolsas dos Diamantes, nos Emirados Árabes Unidos.

As últimas reformas efectuadas têm vindo a impulsionar a indústria indústrias. O país pretende estimular a industrialização e o desenvolvimento de infraestruturas. O Centro de Desenvolvimento de Diamantes, com três grandes fábricas de lapidação de diamantes ou o centro de formação em lapidação e polimento, é um dos exemplos.

Angola abriga 28 projectos de mineração de ouro – 20 dos quais estão em fase de prospecção – com capacidade média de produção em cada mina estimada em 4,5 kg por mês. No entanto, são os minerais relacionados com a transição energética de Angola que provavelmente verão um aumento no investimento estrangeiro.

Face ao panorama global

O Banco Mundial postula que a produção mineral pode aumentar em quase 500% até 2050 e que três bilhões de toneladas de minerais e metais serão necessários para suportar o vento, expansão da energia solar e geotérmica. A transição energética aumentou a demanda por minerais como lítio, níquel, cobre, cobalto, manganês e grafite, que são cruciais para o desempenho da bateria, bem como neodímio e praseodímio (NdPr) usados em turbinas eólicas e produção de veículos elétricos.

No país, vários desenvolvimentos importantes estão em andamento para garantir que Angola surja como um produtor global de minerais estratégicos de transição energética. O Projeto de Terras Raras de Longonjo, com uma meta de produção de 56.000 toneladas por ano, deve torna-se a primeira grande mina de terras raras na África.