A Debswana vendeu diamantes no valor de US $ 1,53 bilhão nos três primeiros trimestres do ano até Setembro, em comparação com US$ 3,19 bilhões no mesmo período do ano passado.

A baixa, segundo um relatório da instituição, reflecte uma desaceleração persistente no mercado global de diamantes e tem impacto directo nas receitas do país, fortemente dependente desse sector.

A Debswana, uma parceria entre o Governo do Botswana e a Anglo American Plc, por meio da subsidiária De Beers, destina a maior parte da sua produção ao mercado externo.

Cerca de 75% da produção da Debswana é vendida para a De Beers, líder global no mercado de diamantes, com actuação em importantes centros como Europa e Estados Unidos da América. Os 25% restantes são direccionados à empresa pública Okavango Diamond Company (ODC), que também realiza a comercialização internacional.

O documento ressalta que a queda nas vendas impactou significativamente as receitas externas do Botswana, dada a relevância dos diamantes como principal fonte de divisas do país. “A retracção na demanda internacional afecta directamente as finanças nacionais,” aponta o mesmo relatório.

Esta desaceleração ocorre num momento de desafios no mercado de diamantes, marcado por pressões de preços e mudanças nas preferências dos consumidores. A entidade monetária explica que, embora o cenário global permaneça difícil, há esforços para mitigar os impactos no mercado local.

A Debswana segue a monitorizar as condições de mercado, ajustando a produção conforme a procura. A expectativa é de uma recuperação gradual, embora analistas estimem que o mercado de diamantes possa continuar a enfrentar dificuldades até o final do ano.