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EMPRESA EM DESTAQUE: DE BEERS TORNA-SE A PRIMEIRA DIAMANTÍFERA “ORIENTADA PARA 5G"
- Fonte: Minas de Angola
- Data de Publicação: 2023-03-06
- Autor do Texto: Albino Calima
- Autor da Imagem: D.R
A adopção de novas tecnologias para automatização de
processos, que tornam as operações
da mineração autónomas e remotas, pode levar o sector para um novo estágio de desenvolvimento, fazendo das minas mais seguras, eficientes, produtivas, lucrativas e
sustentáveis. É exactamente isso que a ‘gigante’ dos diamantes De Beers fez, marcando um «grande» passo na indústria.
A De Beers terá percebido que nada pode garantir melhor a partilha de dados
de forma rápida e segura e em tempo real se não for a implementação de uma estratégia que contemple a conectividade sem fio. Através
do depósito de Jwaneng, em Botswana, a empresa deu um passo importante nesse sentido. Tornou esta mina de diamantes a
primeira no mundo "orientada para 5G". O plano é lançar a tecnologia
em outros locais em todo o país. A informação
foi confirmada na última semana pela Huawei. A ‘gigante’ da tecnologia explicou
que "orientado para 5G", significa que o equipamento de hardware
suporta actualizações de rede para o padrão sem fio 5G. Tais avanços, observa a
fonte, poderiam permitir novas tecnologias, como a condução autónoma. O que está a acontecer na mineradora, na verdade, é uma
resposta às estimativas do Mordor Intelligence, que tem esperado que 25% das
minas embarquem para uma estratégia de Mineração 4.0 até 2025. Para que isso se
concretize, seria essencial implementar uma rede de conectividade sem fio
robusta, capaz de lidar com grandes quantidades de dados gerados em uma
operação de mineração – logística, equipamentos e operacional. O sistema, ao
qual a Huawei se refere como uma "solução de mina inteligente", está
em operação no depósito a céu aberto de Jwaneng desde Dezembro de 2021. O que a
Debswana queria era ver o desempenho do sistema antes de divulgá-lo e usou a
experiência para se preparar para um lançamento nas minas de Orapa, Letlhakane
e Damtshaa este ano, fez saber a De Beers na quinta-feira. A empresa
sustenta que a intenção é melhorar a resiliência e a sustentabilidade da
produção de diamantes; permitir a automação de certos processos e melhorar a
segurança e a produtividade. A Debswana já tem adoptado "controles
robustos de segurança cibernética". "O foco
está no monitoramento em tempo real do desempenho do equipamento, na
antecipação de possíveis falhas antes que elas ocorram e na optimização do
movimento de materiais e equipamentos", disse a mesma fonte. Soluções como
estas fornecem conectividade estável e confiável com cobertura generalizada num
ambiente de mineração complexo. Um aspecto importante a reter sobre minas inteligentes,
que captura e analisa dados e implemente tecnologias avançadas, é que elas dependem especificamente de uma
conexão confiável e inteligente, com largura de banda que sustente o tráfego
intenso de dados, e as Redes MESH conseguem atender a todos esses requisitos. Consequentemente,
monitorar as condições da mina em tempo real, realizar a perfuração da mina
remotamente, controlar a ventilação e até usar veículos autónomos estão entre
algumas das aplicações que podem ser implementadas a curto prazo. Portanto, a indústria
4.0 traz uma série de inovações e novas possibilidades para o sector da
mineração, como forma de aumentar a segurança, controle e melhorar a produtividade
das minas. Agora a questão é saber se a indústria mineira está preparada para
esta transformação.